domingo, 8 de junho de 2008

"Puzzle" em construção

A descoberta foi quase acidental. A sugestão do Bruno, o encontro com velhos discos perdidos, a escuta das primeiras canções... A pouco e pouco, foram-se juntando as peças, imagens e recantos de um quadro inteiramente novo. Este era o retrato de um país antigo, mas que procurava caminhos de modernidade.
As tardes passadas na fonoteca, as visitas à Feira da Ladra ou a lojas cheias de vinis antigos, na expectativa de novas revelações, foram aumentando e enriquecendo o conjunto de vozes, músicos e autores que, para nós, pareciam perdidos no tempo ou conhecidos, hoje, por motivos diferentes destas canções.
Ritmos e sonoridades que à época eram, também eles, um território inexplorado. Letras cheias de um romantismo arrebatado e exuberante, por vezes quase inestético, à luz do que hoje encontramos nas canções que ouvimos. Ambientes glamorosos e requintados. Personagens cheias de histórias de amor e de diáspora.
A pouco e pouco, este processo foi-se transformando em algo mais do que uma mera curiosidade, e a ideia de um repertório começou a surgir. Desbravar estas canções, dar-lhes um pouco da nossa visão e tentar mostrá-las a um público mais ou menos distante delas, foi o passo seguinte. Trata-se disso mesmo: um conjunto de boas canções nascidas num tempo distante. Hoje, o Quarteto Moderno permanece nesta constante busca, com vontade de encontrar novas surpresas e de partilhar, ao vivo, a sua aventura.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu considero-me parte do “público distante”. Daquele que não conhecia mas que também não fazia esforço por conhecer este tipo de repertório. Mas ouvi e gostei. Gostei da vossa inovadora “visão”, do “toque” com que reformaram estas canções. Fico à espera do concerto!

Daniel disse...

Same here,Gabi(como bem sabes)...mas confesso que não tenho ouvido mais nada nestas minhas últimas passeatas pela blogosfera...eu fico á espera,também,da oportunidade de vos ver ao vivo,ou de obter um registo áudio do vosso excelente trabalho.Abraço!

Ana Jones disse...

lembro-me de ouvir estas musicas, no gira discos da casa do meu tio, onde passava férias... a beber um chá quente e a comer bolinhos... "cartas de amor... quem as não tem..."
boa sorte, quero um concerto para breve!!! ;)