sexta-feira, 1 de agosto de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

"Puzzle" em construção

A descoberta foi quase acidental. A sugestão do Bruno, o encontro com velhos discos perdidos, a escuta das primeiras canções... A pouco e pouco, foram-se juntando as peças, imagens e recantos de um quadro inteiramente novo. Este era o retrato de um país antigo, mas que procurava caminhos de modernidade.
As tardes passadas na fonoteca, as visitas à Feira da Ladra ou a lojas cheias de vinis antigos, na expectativa de novas revelações, foram aumentando e enriquecendo o conjunto de vozes, músicos e autores que, para nós, pareciam perdidos no tempo ou conhecidos, hoje, por motivos diferentes destas canções.
Ritmos e sonoridades que à época eram, também eles, um território inexplorado. Letras cheias de um romantismo arrebatado e exuberante, por vezes quase inestético, à luz do que hoje encontramos nas canções que ouvimos. Ambientes glamorosos e requintados. Personagens cheias de histórias de amor e de diáspora.
A pouco e pouco, este processo foi-se transformando em algo mais do que uma mera curiosidade, e a ideia de um repertório começou a surgir. Desbravar estas canções, dar-lhes um pouco da nossa visão e tentar mostrá-las a um público mais ou menos distante delas, foi o passo seguinte. Trata-se disso mesmo: um conjunto de boas canções nascidas num tempo distante. Hoje, o Quarteto Moderno permanece nesta constante busca, com vontade de encontrar novas surpresas e de partilhar, ao vivo, a sua aventura.

sábado, 31 de maio de 2008

Boleros e canções de amor

O “Quarteto Moderno” é para mim indissociável da ideia de descoberta. Essa descoberta é feita rompendo a densa floresta nublosa do tempo até ao passado recente da música portuguesa, passado que era não mais do que uma vaga ideia na minha memória, feita de antigas reposições na televisão, de fragmentos de conversas entre os meus avós e de sonoridades, muitas. A descoberta foi acontecendo e essa vaga ideia foi aos poucos ficando real, foi-se transformando em algo que de facto teve lugar num tempo que já não foi o meu. Era o tempo dos boleros e das canções de amor.
O “Quarteto Moderno” é a melhor expressão que conseguimos dar a essa descoberta, o prazer de tocar estas canções é para nós a mais segura prova de que elas estão vivas e esperamos que o prazer de as ouvir suscite a mesma certeza.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Quarteto



JOÃO DAVID ALMEIDA | voz

Nasce em Lisboa em 1982. Começa a estudar música aos 9 anos, com aulas de guitarra e, mais tarde, de canto. Desde cedo integra, como guitarrista e vocalista, diversos agrupamentos musicais, explorando sobretudo a ligação entre a música e a palavra.
Prossegue a sua formação em canto, bem como na guitarra clássica e jazz. Margarida Marecos, Fernando Guimoar, António Ferreirinho, Paulo Amorim, Mário Delgado, Alexandre Diniz, José Menezes e José Soares são alguns dos seus professores. Em simultâneo, para além das apresentações a solo, participa como músico e intérprete em vários projectos ligados às canções em português.
Entre os músicos com quem já teve oportunidade de trabalhar encontram-se Jorge Reis, Sebastian Scheriff, João Paulo Esteves da Silva, Rafael Fraga e Bruno Pedroso, entre outros.



BRUNO CAMPOS | piano

Nasce em Lisboa, em 1983. Em 2004 inicia formalmente os seus estudos musicais na escola de música do Hot Clube de Portugal no curso de piano. Paulo Barros, Rui Caetano, Filipe Melo e Ana Araújo foram os seus professores. Em 2006 ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa onde concluíu a licenciatura em Formação Musical e Direcção Coral. Frequenta agora o mestrado em Formação Musical, na mesma instituição. Antes e depois do início da sua formação teve oportunidade de actuar, a solo ou em grupo, em alguns projectos ligados à área do jazz e da canção.
Da parceria musical com João David Almeida surgiu a ideia do “Quarteto Moderno”.



MIGUEL MENEZES | contrabaixo

Miguel Menezes nasce em Leiria em 1978, mas cedo vai viver para Lisboa. Inicia os estudos musicais com a mãe,ao piano. Estuda violino e guitarra, decidindo-se mais tarde, e definitivamente, pelo contrabaixo como instrumento de eleição. Ingressa então no Conservatório Nacional de Música, em Lisboa, onde estuda com Manuel Rêgo. Passa também pelo Hot Clube de Portugal onde tem aulas com Nelson Cascais. Mais tarde frequenta o Trinity College of Music, onde estuda com Corin Long. Conclui posteriormente a licenciatura em Música, na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento e masterclasses com Josef Niederhammer, Rinat Ibragimov, Iouri Axenov, Ken Filiano,Carlos Barretto e Adriano Aguiar.
Presentemente toca em diversas formações musicais desde o pop ao jazz mas o trabalho em orquestra constitui a sua ocupação principal.



ANDRÉ MOTA | bateria

Nasce em Lisboa em 1986. Inicia os estudos de bateria aos 14 anos, na escola Musicentro, no Colégio Salesiano – Oficinas S. José, onde tem aulas com Zé Moreira. Em 2003 ingressa na escola de jazz do Hot Clube de Portugal, onde tem a oportunidade de estudar com Henry Sousa, Bruno Pedroso, Nelson Cascais, André Fernandes, Afonso Pais, Filipe Melo, entre outros. Participou em workshops e masterclasses orientados por Joe Lovano, Greg Hutchinson, Aaron Goldberg, Reuben Rogers, Michael Lauren, Jim Black, Carlos Bica, entre outros, chegando a ter aulas particulares com Alexandre Frazão, Carlos Vieira (Kakum), entre outros. Em Maio de 2008 estreia o seu quarteto no Festival de Jazz de Portimão, actuando, desde então, em diversos clubes e pequenos auditórios do país. Para além deste projecto, mantém-se ocupado, tocando com o Quarteto Moderno, ANISOTROPUS, Alípio C. Neto “Diggin’” Trio, entre outros. Já teve a oportunidade de colaborar com Pedro Madaleno, Jorge Reis, Yuri Daniel, Tuniko Goulart, Nathan Fuhr, Ernesto Rodrigues, Nuno Rebelo, Pedro Castello Lopes, António Chaparreiro, Eduardo Lála, Sei Miguel, entre outros.